A REAL BARRACA
Com o terramoto de 1755, a família real que residia na altura nos Paços da Ribeira «fugiu» para os altos da Ajuda, abrigando-se na Quinta da Ninfa, “numa construção de madeira, que serviu de «palácio provisório», até se perder num fogo em 1796, obrigando a família real a mudar novamente de morada (desta vez para o Palácio de Queluz, recentemente concluído).” (Marques, 1995).
Embora a família Real e a Corte se encontrassem nesse dia em Belém, zona oriental da cidade onde os efeitos do terramoto não se fizeram sentir com tanta intensidade, o Rei ficou tão perturbado com o acontecimento que se recusou a viver em edifícios de alvenaria. D. JoséI mandou então erigir no alto da Ajuda, local de pouca actividade sísmica, um palácio de madeira e pano, a que se chamou Real Barraca ou Paço de Madeira.
Em substituição da “Real Barraca” foi edificado o Palácio Nacional da Ajuda. O projecto de Francisco Xavier Fabri de 1795 teve início apenas em 1802, sofrendo várias alterações, sendo as mais profundas introduzidas por M. Caetano de Sousa. Hoje em dia, embora inacabado, é a maior residência real de Lisboa, fazendo parte do vasto património arquitectónico e arqueológico classificado como Monumento Nacional e Zona Especial de Protecção.
Sem comentários:
Enviar um comentário